A empresa australiana South32 anunciou que continua em negociações com o Governo e com os seus parceiros energéticos para garantir a continuidade das operações da Mozal Aluminium, a maior fundição de alumínio de África e principal indústria do País, embora mantenha a previsão de suspender as actividades em Março de 2026 caso não se assegure o fornecimento de energia eléctrica suficiente e a preços acessíveis, informou esta terça-feira, 21 de Outubro, a agência Lusa.
“Apesar dos nossos esforços, as negociações não progrediram de forma a gerar confiança de que a Mozal Aluminium garantirá o fornecimento de electricidade suficiente e acessível para além de Março de 2026”, refere a empresa numa nota enviada aos mercados. “Sem o fornecimento de electricidade necessário”, acrescenta, “prevemos colocar a unidade em regime de manutenção após essa data.”
A South32 informou ainda que mantém contacto activo com o Governo, a Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) e a sul-africana Eskom, empresa que compra energia à HCB e a revende à Mozal, “para garantir uma solução sustentável que preserve a operação da fundição”, que emprega cerca de cinco mil trabalhadores na zona de Beluluane, arredores de Maputo.
Segundo a fonte, a produção vendável da Mozal aumentou 3% no terceiro trimestre de 2025, para 93 mil toneladas, em relação ao trimestre anterior, “operando próximo da sua capacidade técnica máxima”, embora a empresa tenha decidido, em Agosto, interromper o revestimento da cuba devido à incerteza quanto ao fornecimento de energia após Março de 2026.
A previsão de produção para o ano fiscal de 2026 mantém-se em 240 mil toneladas, “com base na continuidade das operações até ao termo do actual contrato de fornecimento de energia eléctrica”.






