A consultora britânica Oxford Economics considerou nesta quarta-feira, 22 de Outubro, que a petrolífera norte-americana ExxonMobil só deverá tomar a Decisão Final de Investimento (FID, sigla em inglês) para o projecto Rovuma LNG, após a estabilização da segurança em Cabo Delgado, região Norte de Moçambique, “atirando o início da produção de gás natural liquefeito (GNL) para 2031”.
“Os riscos de novos atrasos aumentaram novamente devido ao recrudescimento dos ataques terroristas e, na nossa opinião, uma Decisão Final de Investimento sobre o projecto Rovuma LNG da ExxonMobil não será concluída antes do levantamento da ‘força maior’ sobre os projectos de gás de Moçambique e, consequentemente, a primeira produção não é provável antes de 2031”, escreveram os analistas do Departamento Africano citados numa publicação da Lusa.
Na publicação, os analistas avançam: “Continuamos a assumir que a segurança em torno de Palma poderá ser garantida e que a TotalEnergies e o Governo chegarão a um acordo sobre um plano de desenvolvimento e um orçamento actualizado para que o projecto Mozambique LNG seja retomado no primeiro semestre de 2026, com o início da produção no segundo semestre de 2030.”
Em Setembro, o director-geral da ExxonMobil em Moçambique, Arne Gibbs, declarou que “o fim do conflito é crucial para garantir um ambiente sustentável de desenvolvimento”, reconhecendo, entretanto, a estabilidade proporcionada pelas Forças de Defesa e Segurança (FDS).
Gibbs garantiu que, após o levantamento da cláusula de “força maior” accionada em 2021 pela TotalEnergies, líder do consórcio da Área 1, a ExxonMobil vai começar a explorar a Área 4 da bacia do Rovuma, podendo arrancar com os trabalhos em 2030, com investimentos superiores a 300 milhões de dólares na fase inicial, incluindo expansão de infra-estruturas e criação de pelo menos 400 empregos directos para nacionais.





