A cidade de Maputo acolhe, desde esta segunda-feira (20), o 5.º Seminário de Energia e Clima da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), uma iniciativa conjunta da Associação Lusófona de Energias Renováveis (ALER) e da Associação de Reguladores de Energia dos Países de Língua Oficial Portuguesa (RELOP). O encontro, subordinado ao tema “Planeamento Energético e Financiamento”, marca o início da Semana de Energia e Clima da CPLP e pretende reforçar a cooperação técnica e institucional entre os países lusófonos na promoção de uma transição energética justa, sustentável e inclusiva.
O evento conta com o apoio institucional da CPLP e do Governo de Moçambique, através do Ministério dos Recursos Minerais e Energia (MIREME), e com financiamento do programa europeu GET.Transform, da União Europeia e da cooperação belga ENABEL.
Na abertura, a presidente da ALER Mayra Pereira defendeu que a série de seminários tem vindo a reforçar a colaboração entre governos, empresas e sociedade civil, criando sinergias entre as áreas de energia, ambiente e finanças. “O nosso objectivo é, claro, planear melhor, financiar melhor e agir mais rápido”, afirmou, acrescentando que este quinto encontro, alinhado com o Roteiro de Cooperação 2030 em Energia e Clima da CPLP, demonstra a vontade colectiva de “transformar compromissos em resultados.”
Mayra Pereira lembrou a Cimeira Africana do Clima, realizada recentemente em Addis Abeba, onde os líderes do continente reafirmaram a determinação de colocar África “no centro da solução climática global”. “África é uma potência de soluções, com capacidade para atrair investimento, inovar e liderar a transformação verde”, sublinhou.
A responsável destacou ainda que o espaço lusófono é rico em experiências e geografias complementares: “O Brasil, com a sua liderança no combate à crise climática; Portugal, com o seu planeamento de longo prazo e integração de energias renováveis; e Timor-Leste, com o seu compromisso com a boa governação, mostram que a cooperação pode ser um instrumento de transformação global.”






